Se você possui algum tipo de alergia respiratória, com certeza sabe quando uma crise se instala:
- coceira no nariz;
- espirros sucessivos;
- olhos lacrimejando;
- tosse;
- coriza.
Esses sintomas citados acima são apenas alguns dos que podem aparecer quando se sofre com alergias.
Mas afinal, como e por que acontece esse processo no nosso organismo? Acompanhe essa e outras questões sobre alergia respiratória no texto e saiba como lidar melhor com essa condição.
O que é alergia respiratória?
A cena é clássica: basta começar uma faxina em casa e os primeiros espirros aparecem, seguidos de muita coriza, coceira no nariz e garganta e às vezes até sensação de mal-estar.
A alergia respiratória é um processo alérgico que se instala nas vias respiratórias. Ou seja, nada mais é do que uma reação intensa do organismo a alguma substância que chamamos de alérgeno.
O processo alérgico tem o envolvimento de alguns componentes do nosso sistema imunológico, como a imunoglobulina E (IgE), células T, dentre outros.
Esses componentes juntos disparam essa resposta exagerada (com liberação de uma substância, a histamina) ao entrar em contato com a substância à qual se tem alergia.
Principais tipos de alergia respiratória
A histamina é uma das grandes responsáveis pelos sintomas das alergias respiratórias. No entanto, elas podem se manifestar de diversas formas; as principais são:
- Rinite — processo alérgico nas vias respiratórias superiores;
- Sinusite — processo alérgico nos seios paranasais;
- Asma — processo alérgico nas vias respiratórias inferiores.
Essas três condições alérgicas podem se apresentar em uma mesma pessoa. Dessa forma, o indivíduo precisará de ainda mais atenção e cuidado.
Quais são os sintomas da alergia respiratória?
Os sintomas de alergia respiratória variam de acordo com onde se localiza a alergia.
Dessa forma, podemos separar os sinais por tipo de alergia respiratória.
Sintomas da rinite
Os sintomas da rinite variam conforme gravidade da doença e podem ser os seguintes:
- Espirros;
- Coceira no nariz, garganta, olhos;
- Olhos lacrimejando (pode ter conjuntivite alérgica associada);
- Coriza hialina;
- Tosse seca;
- Sensação de mal-estar, sonolência ou dor de cabeça;
- Congestão nasal.
Sintomas da sinusite
A sinusite, normalmente, ocorre em consequência de uma crise de rinite. Nela, acontecem:
- Acúmulo de secreção nos seios paranasais (gera dor na cabeça e na face);
- Congestão nasal;
- Sensação de mal-estar.
Sintomas da asma
A asma, processo alérgico que acontece nos brônquios, tem como principal sintoma a falta de ar, também chamada de dispneia ou sufocação. Além disso, pode apresentar tosse e chiado no peito devido ao acúmulo de secreção.
O que pode causar alergia respiratória?
A causa da alergia respiratória é multifatorial, ou seja, há vários fatores envolvidos, como a genética, ambiente, além de fatores emocionais e sazonalidade.
A genética aumenta a probabilidade de desenvolvimento, principalmente se os dois pais tiverem histórico.
O ambiente também influencia de forma expressiva o desenvolvimento de alergias. Uma população exposta a substâncias alergênicas em alta concentração possui maior chance de desenvolvimento das doenças, do que um ambiente menos exposto, por exemplo.
Mudanças bruscas de temperatura, como ocorre durante a mudança de estações, pode ser potencializada por um ambiente poluído ou com alta concentração de possíveis alérgenos.
Mas quais são os alérgenos mais envolvidos na alergia respiratória? Veja abaixo!
- Insetos, como ácaros, barata;
- Fungos, como o famoso mofo;
- Pelos ou saliva de animais, como gato e cachorro;
- Fumaça de cigarro, produtos químicos;
- Pólen;
- Tinta.
Além desses, outros podem estar presentes e para o diagnóstico assertivo é fundamental uma avaliação por um médico alergista e a realização de exames específicos.
Conhecer a causa é imprescindível para o tratamento adequado e prevenção das crises de alergia respiratória.
Como diferenciar alergia respiratória de resfriado?
Os sintomas da alergia respiratória são bem parecidos com um resfriado comum, no entanto, costumam durar mais tempo, se o caso não for tratado. Além disso, em um resfriado pode aparecer febre, o que não acontece em um processo alérgico.
Dessa forma, um processo alérgico costuma durar entre sete a dez dias se realizado o tratamento adequado, e os sintomas normalmente melhoram significativamente após o início do tratamento.
Quais são os tratamentos para alergias respiratórias?
O tratamento para as alergias respiratórias pode variar de acordo com a gravidade dos sintomas. Em casos leves, os sinais podem ser controlados com medicamentos de venda livre, como anti-histamínicos, descongestionantes e corticosteroides tópicos; já em casos mais graves, pode ser necessário tomar medicamentos de prescrição, como injeções de imunoglobulina ou imunoterapia.
A imunoterapia é um tratamento que consiste em expor a pessoa alérgica a pequenas doses do alérgeno, de forma gradual, até que o organismo se acostume e deixe de produzir anticorpos contra ele. A imunoterapia pode ser feita por via oral, subcutânea ou sublingual.
Além do tratamento com medicamentos, é essencial a adoção de medidas para evitar o contato com os alérgenos. Dentre elas, podemos citar:
- Manter a casa limpa e livre de poeira e pelos de animais;
- Usar um purificador de ar;
- Evitar sair de casa em dias de muito vento;
- Usar óculos de sol e um lenço para proteger o nariz e a boca;
- Tomar banho e trocar de roupa após entrar em contato com alérgenos.
Se você tem alergias respiratórias, é importante consultar um médico para definir o melhor tratamento para você.
Como curar alergia respiratória naturalmente?
Antes de tudo, é preciso dizer que não há cura para alergia respiratória. Isso ocorre pois é um processo intrínseco crônico, ou seja, relaciona-se com a reação do organismo do indivíduo, não apresentando cura propriamente dita.
No entanto, há tratamentos que podem ser realizados, além de medidas de prevenção das crises futuras. Isso aumenta bastante a qualidade de vida de quem convive com a condição.
Em alguns casos, a asma quando se apresenta na infância pode regredir com o crescimento e desenvolvimento das estruturas e não se manifestar mais na fase adulta. Mas, via de regra, não há cura para alergia respiratória.
Além do que já foi falado, manter-se hidratado e realizar lavagem nasal com soro fisiológico também auxiliam na melhora dos sintomas, pois fluidifica a secreção, facilitando sua saída.
Embora alguns medicamentos fitoterápicos ou homeopáticos venham sendo utilizados no tratamento da alergia respiratória, é importante acrescentar que devem se tratar de terapias complementares ao tratamento alopático. Ou seja, não é recomendado que seja substituto, devido à falta de evidências científicas robustas que atestem seu resultado.
Agora que você já sabe tudo sobre alergias respiratórias, confira 5 dicas saudáveis para aumentar sua imunidade.