Você sabia que, segundo a Academia Americana de Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço, a sinusite afeta 1 em cada 8 pessoas? Além disso, estima-se que 1 em cada 5 receitas de antibióticos prescritas para adultos são para tratar a enfermidade.
Ou seja, é extremamente comum e diversas pessoas sofrem com a condição. Se você está nesse grupo e deseja saber exatamente o que é, se é diferente de rinite, quais são as causas, quais são os tratamentos e tudo mais sobre a sinusite crônica, acompanhe:
O que é a sinusite?
A sinusite é uma inflamação que atinge a mucosa responsável por revestir os quatro pares de seios da face: maxilares, frontais, esfenoidais e etmoidais – eles são cavidades aéreas responsáveis por auxiliar a circulação de ar.
Idealmente, a mucosa e as suas glândulas produtoras de muco ajudam na remoção de qualquer tipo de agente externo.
No entanto, algumas infecções e alergias podem provocar a inflamação da região, dificultando a retirada dos materiais estranhos e, consequentemente, promovendo a instalação de germes.
Quando há o agravamento desses casos, temos o possível diagnóstico de sinusite. Note que estamos falando dessa condição de uma forma geral, mas é importante mencionar que ela é dividida em dois tipos: o agudo e o crônico.
- Sinusite aguda: é marcada por dores fortes de cabeça e é sentida de maneira pulsátil, constante ou por meio de pontadas. Causa obstruções nasais, cansaço, coriza, febre, tosses e dores musculares que podem durar até 4 semanas.
- Sinusite crônica: os sintomas são os mesmos, porém em uma intensidade muito maior, principalmente as tosses. Os afetados costumam até dormir e acordar com crises, pois a secreção escorre para as vias aéreas e a irrita. A duração da “versão” crônica é divergente, mas pode chegar a 12 semanas seguidas.
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Qual é a diferença entre sinusite e rinite?
Apesar de ambos serem distúrbios relacionados à respiração, os distúrbios são bem diferentes.
A sinusite é uma infecção da mucosa que possui sintomas mais agravantes, enquanto a rinite atinge somente o nariz com escorrimentos, espirros, coceira e também o “trancamento” da região.
Caso queira saber como aliviar essa condição, confira o nosso post sobre como aliviar a rinite rápido!
Quais são as causas da sinusite crônica?
Atualmente, a comunidade médica aponta que a sinusite crônica está associada com:
1. Bactérias
Acredita-se que elas sejam as principais causadoras da sinusite, pois são grandes responsáveis pela produção de superantígenos – uma função capaz de ativar as células T que se multiplicam e liberam grandes quantidades de citocinas, causando as inflamações.
2. Fungos
Alguns fungos possuem a habilidade de desencadear reações alérgicas ao organismo. Quando alocados nas mucosas dos seios faciais, é possível que eles causem casos de sinusite crônica.
3. Imunidade baixa
A imunidade está muito relacionada às condições que podem afetar o organismo. Se ela estiver debilitada, a invasão de agentes externos responsáveis pela sinusite fica mais propícia a acontecer.
4. Genética
As causas da sinusite podem estar diretamente relacionadas com o histórico familiar da doença.
5. Anatomia
Condições corporais também podem facilitar infecções dos seios faciais. Por exemplo, desvio de septo, conchas médias aumentadas ou bolhosas podem facilitar o aparecimento da condição.
Existem fatores de risco para a sinusite crônica?
Sim, há determinados fatores que costumam estar associados com o aparecimento e o desenvolvimento da condição. Entre eles, podemos citar:
- Nadar em águas poluídas e expor os seios da face à bactérias;
- Contato frequente com crianças pequenas e a exposição à resfriados e infecções bacterianas;
- Alergias (respiratórias ou outras);
- Tabagismo ou tabagismo passivo;
- Asma brônquica;
- Doenças genéticas;
- Intolerância a anti-inflamatórios.
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Como é feito o diagnóstico da sinusite crônica?
Geralmente, o médico consegue diagnosticar a condição por meio da secreção nasal, mas para casos mais graves de sinusite crônica, uma endoscopia nasal ou uma tomografia computadorizada podem ser solicitadas.
Assim, o diagnóstico terá mais assertividade – e consequentemente menos riscos de ser tratado de maneira equivocada.
A sinusite crônica tem tratamento?
Felizmente, sim, existem algumas maneiras de reduzir a força da sinusite!
Uma delas é por meio de suplementos vitamínicos para fortalecer a imunidade no dia a dia e a prescrição de medicamentos, já que boa parte dos casos são originados por bactérias, assim os antibióticos são a principal arma para combatê-los.
Para auxiliar no tratamento, recomendamos realizar a lavagem dos seios nasais utilizando soro fisiológico.
Anti-inflamatórios prescritos também podem ser uma ótima forma de reduzir os sintomas, pois, como mencionamos, a sinusite ocorre devido à inflamação da mucosa.
Resumindo: uma combinação de medicamentos indicados pelo seu médico e lavagens nasais regulares pode ser o método indicado para o tratamento.
Entretanto, alguns casos podem ser melhor tratados com cirurgia. Mais especificamente, a técnica de turbinectomia: um procedimento de redução de conchas nasais.
O método é recomendado para pacientes que sofrem com casos de rinite, rinossinusite ou inflamações nasais persistentes.
Em todos os casos, é imprescindível se consultar com um profissional médico da área para decidir qual o melhor tratamento.
Não tratar a sinusite crônica pode ser um problema?
Não realizar os tratamentos recomendados podem sim impactar a sua vida.
Além de dificultar todo o sistema de inspiração e expiração do ar, a secreção pode tomar conta do trato respiratório, possibilitando outros tipos de infecções.
Sem contar que o muco infeccionado pode ser direcionado para os olhos ou até mesmo para o cérebro – agravando riscos de cegueira e outras condições que podem levar a óbito.
Então, identifique os sintomas e acompanhe-os de perto. Caso persistam por mais de 5 dias, agende uma consulta com um otorrinolaringologista.
Conseguiu tirar as suas dúvidas sobre a sinusite crônica? Comente abaixo e confira outros posts do nosso blog que podem te interessar!